segunda-feira, 11 de maio de 2020

ÀS MULHERES! (SONETO)

Abençoa nossas mulheres, Senhor!
A Ti oramos com fervor
Cumprem tarefas difíceis
Educar, amar, viver Teu esplendor.


Trabalho digno a cumprir
Modificar, ensinar, ganhar corações
Dos problemas da vida não fugir
Aprender a lutar com orações!


Abençoa nossas mulheres, Senhor!
Principalmente as que se dedicam, com amor
Obedecer ensinamentos e ao louvor!


Profecias, palavras deixadas
Por muitos, através dos ventos, espalhadas
Pelas mulheres escolhidas, vivificadas.


Abençoa nossas mulheres, Senhor.

segunda-feira, 4 de maio de 2020

MÊS DE MAIO - POESIA - AMORA

Maio lembra Mãe amada,
Por muitos considerada
Alicerce da nação.
É junto ao seio materno,
O aconchego fraterno,
Em caloroso afeto,
Saboroso alimento
Que floresce o rebento
Antes do primeiro pão.


É mês também de Maria,
A quem devemos amor
Por ter sido escolhida
Pra ser a mãe do Senhor!
Ela merece o feito
De ter gerado no ventre
Um ser, o mais perfeito,
Pra formação do crente.
Através de grande dor,
Libertou-nos do pecado.
Foi do mundo, Salvador,
Afastando o diabo.


Maio é o mês das noivas.
Só sonham felicidade;
Esquecendo-se das coisas
Que livram da crueldade.
Lar bom, marido perfeito,
Filhos bonitos e fortes
Podem ser meras quimeras
Quando só contam com sorte.


Enfim, foi no mês de maio
Que raiou a Liberdade,
Tirando do cativeiro
Milhares de brasileiros!


( São Paulo,12 de maio de 2012)

domingo, 19 de abril de 2020

CAMINHOS PARA A FELICIDADE - NEIDE FERRAZ

CONSERVE O SEU CORAÇÃO LIVRE DO ÓDIO E A MENTE LIVRE DA ANSIEDADE. VIVA SIMPLESMENTE; ESPERE POUCO E DÊ MUITO. ENCHA A SUA VIDA COM AMOR. ESPALHE A LUZ. ESQUEÇA DE SI E PENSE NOS OUTROS. FAÇA O QUE GOSTARIA QUE LHE FIZESSEM. NÃO FALE MAL DE NINGUÉM. CRITIQUE OS SEUS PRÓPRIOS ATOS, FAZENDO CUIDADOSAMENTE EXAME DE SUAS AÇÕES DIÁRIAS. EXPERIMENTE ISSO POR UMA SEMANA E SE SURPREENDERÁ. FAÇA A CADA MANHÃ, ANTES DE INICIAR SUAS TAREFAS, ESTA ORAÇÃO: "SENHOR, NO SILÊNCIO DESTA PRECE VENHO PEDIR-TE A PAZ, A SABEDORIA, A FORÇA. QUERO SEMPRE OLHAR O MUNDO COM OLHOS CHEIOS DE AMOR. QUERO SER PACIENTE, COMPREENSIVO, PRUDENTE. QUERO VER ALÉM DAS APARÊNCIAS OS TEUS FILHOS, COMO TU OS VÊS. ASSIM, SENHOR, VER SOMENTE O BEM EM CADA UM DELES. FECHA OS MEUS OUVIDOS A TODAS AS CALÚNIAS, GUARDA MINHA LÍNGUA DE TODAS AS MALDADES. SÓ DE BÊNÇÃOS SE ENCHA A MINHA ALMA. QUE EU SEJA TÃO BOM E TÃO ALEGRE PARA QUE TODOS QUE SE APROXIMAREM DE MIM SINTAM A TUA DIVINA PRESENÇA. REVESTE-ME DE TUA BELEZA, SENHOR E QUE, AO DECORRER DESTE DIA, EU TE REVELE A TODOS! AMÉM!"

sábado, 18 de abril de 2020

PALAVRAS DE SABEDORIA

O QUE SERIA A VIDA HUMANA SEM AMIGOS?

QUE TRISTE E SEM GRAÇA SERIA!

AMIGOS SÃO OS QUE TÊM OS MESMOS OBJETIVOS.

A SATISFAÇÃO DA VIDA HUMANA É PODER FALAR COM UM AMIGO,

É PODER SOCORRÊ-LO,

É PODER COM ELE COMPARTILHAR MOMENTOS DE ALEGRIA E DOR.

CERTAMENTE HÁ ALGO QUE JUSTIFIQUE O QUE UM SÁBIO DISSE OUTRORA:

"QUANDO OS MEUS AMIGOS VÃO POUCO A POUCO MORRENDO, NÃO LIGO MAIS
 
PARA A MORTE" -  (TEXTO ADAPTADO DO LIVRO: "VIDA É ARTE!" - TOKUCHIKA MIKI

sexta-feira, 31 de janeiro de 2020

TALVEZ SIM, TALVEZ NÃO, QUEM SABE....

É uma rua acolhedora, bairro residencial, afastado do centro de São Paulo. Na verdade, uma vila, em meio ao vai e vem dos transeuntes e carros.
Os moradores residem nela há anos, os filhos cresceram, mas os vizinhos são os companheiros de sempre.
Alguns aposentados, outros ainda não, costumam se reunir à tarde, para um bate papo agradável. Comentam tudo, desde as inovações do bairro, os impostos, política atual, ao lado de uma cervejinha gelada. São a alegria da rua e dá gosto vê-los, principalmente quando há futebol e cantam, empolgados, o Hino Nacional. Às vezes, quando o assunto se esgota, descambam para anedotas, o riso corre solto e as gargalhadas ecoam longe.
Fazem parte da formação do bairro, Seu Júlio, o dono da farmácia; Tonico, da padaria; Josué, do açougue; Seu Ângelo, do empório da esquina; Seu Onofre, dono de pequenas lojas e da maior parte das casas de aluguel. Viram o lugar crescer.
O grupo alegre se intimida quando aparece um estranho; desperta curiosidade, mas algumas horinhas de conversa e lá está o novo morador, sentado, rindo com eles.
Difícil resistir à contagiante simpatia de todos. Claro, os gênios são diferentes, os temperamentos variam, principalmente os mais velhos, com ideias enraizadas, precisam ter cautela.
O Tonico, é completamente descrente. Só acredita vendo. E assim mesmo, com a verdade à mostra, ainda coloca dúvidas. "Não sei, não." Duvida até que o homem chegou à Lua.
Numa tarde, despede-se dos amigos e avisa que vai viajar. Conhecer a fazenda de um primo, que fez fortuna, pelas bandas de Corumbá. Não demora a voltar, acostumado que está com sua casa e lugar.
Passam semanas e o Tonico não volta, "Deve estar gostando de lá".
Quando chega, quieto, senta-se à mesa com eles e, nada de falar. Perguntam sobre as novidades, o que achou da fazenda, e ele meio ausente não tem nada a contar. Achou tudo comum, igual a todo lugar, nem via a hora de voltar.
"Saudade da gente, amigo? Num lugar tão diferente? Não dá para acreditar".
Os incrédulos, agora, são eles. Começam a desconfiar que o velho  Tonico tem "coisa" pra falar.
Tanto insistem, tanto perguntam, que num dia, quando o assunto era caso estranho, já à espera da negação do Tonico, ele mansamente começa a contar.
" Assim que subi no avião, com destino a Corumbá, sentado próximo à janela, aprecio a paisagem e percebo que, no alto, já fora do nosso estado, entramos numa imensa nuvem branca. Sem turbulência, num voo calmo, penso em tirar um cochilo, mas algo estranho, do lado de fora, chama minha atenção. Não eram hélices, asas, turbinas, mas um aparelho estranho, circular, luminoso, que nos acompanhou durante grande trajeto da viagem. Espantado, tento cutucar o vizinho, mas ele dormia. Olho, admirado, e vejo que seguem a mesma direção. Pela tranquilidade dos outros, da aeromoça que chega e me ajeita na almofada, verifico que só eu observo o objeto estranho. Ninguém nota ou dá sinais de ver alguma coisa".
_ Mas como isso, amigo? Tem certeza? duvidam. Não dormiu, sonhou, bebeu alguma coisa? Logo você?
" Não consegui desviar os olhos, emitir algum som, tirar soneca, o sono fugiu. De olhar, hipnotizado,  talvez pelas luzes que emitia, não mudei o foco, com medo de perdê-lo. Esse percurso durou meia hora e quando penso em tirar uma foto, o aparelho em forma de disco, dá um giro rápido para o lado oposto e some entre as nuvens. Lembrei de vocês, da família e pensei que assunto isso seria".
"Chego ao Aeroporto Internacional de Corumbá meio atordoado. Sou recebido pelo primo José que, satisfeito, espera mostrar-me muitas novidades. Mal sabe a novidade que presenciei. Percorremos a estrada até a fazenda, distante duas horas da cidade, entramos em bonita zona rural, muito rica, responsável pela economia do estado de Mato Grosso e também do Brasil. José explica sobre a agricultura e pecuária local e eu presto pouca atenção, impressionado com o que vi. Mostra-me plantações de arroz, milho, feijão, algodão, algumas frutas como tomate, banana, cana. A cidade é a quinta produtora de lã e quarta produtora de mel, no país. Corumbá é uma cidade portuária, fluvial, ponto de encontro de vários rios que auxiliam as comunicações. O primo continua falando e eu tentando responder, pergunto sobre a cor branca da terra. José responde que é a formação de calcário branco, a cidade é conhecida também como a Cidade Branca. Muitas rochas, o chamado Maciço de Urucum, contém grandes reservas minerais, rico em manganês e ferro."
" Chegamos a uma fazenda arborizada, a casa escondida entre a vegetação. Percebo a situação próspera do primo José. Sou recebido com alegrias e festas. Um lauto almoço é preparado. Receber o primo paulista, há tanto tempo sem ver. Enquanto almoçamos, o primo explica que a criação de gado é a principal atividade econômica da fazenda. Ocupa a primeira posição da cidade. Primo José enriqueceu"
_ Nossa, então aproveitou muito, exclama Seu Ângelo.
" Sim, a fazenda, a convivência com José e família, esposa, três filhos já homens, o lugar, é uma maravilha. Tristeza foi o que aconteceu lá".
_O quê? Mais coisa estranha, ainda? perguntam, espantados.
" Sim, amigos, arrumaram-me um quarto arejado, confortável, cheio de janelas altas, com visão para uma extensa planície, de grama rasteira. Após grandes bate papos, goles de cachaça danada de boa, resolvi me recolher, cansado da viagem. Já havia até esquecido o ocorrido na vinda, distraído e sonolento que estava. Ferrei logo no sono, entre as cobertas macias e o colchão profundo. Sou acordado, de repente, por um leve zumbido nos ouvidos, chato e irritante. Logo penso: Deve ser algo que comi no jantar. Algum tempero diferente fez mal. Levanto e procuro uma jarra d'água, na mesinha. Caminho, tateio no escuro, só recebo luz de fora, através das janelas e, novamente, algo chama minha atenção."
_O quê? Exclamam todos, curiosos.
" O mesmo aparelho que vi na vinda, estava sobre a colina, iluminando tudo. Suas luzes fortes e coloridas, entre azul, rosa, amarelo e vermelho,  giravam e faiscavam como um grande arco-íris,  iluminam a noite como dia. Olho, novamente, quero gritar, chamar meu primo, sua família, não consigo. Mudo, não me movo. Desse aparelho ou nave, nem sei como explicar, descem uns homens altos, fortes, grande porte mesmo, claros, vestidos com uniformes verdes, semelhantes a soldados camuflados, dos filmes, e se espalham pela região. Procuram algo no chão, amostra de terra, vegetação, não percebi direito. Um deles me viu, espantado, na janela. fez um aceno, chamou os colegas, subiram rápido no disco e erguem-se para o céu escuro."
"Custei a me recuperar desse susto. Voltei para a cama e não dormi mais. Quem iria acreditar numa coisa dessa? Não sei se iria contar ao primo. Só sei que fiquei doente, acamado, assustado, com febre alta, delirando. Primo José, preocupado, chamou o médico que diagnosticou estado de choque ou alucinação. Receitou-me calmantes, sedativos, até que consegui me recuperar e voltar a São Paulo. Ainda tentei brincar um pouco, perguntando se era comum, naquelas paragens, avistarem fenômenos estranhos no céu? O primo me respondeu que nunca tinha ouvido nada sobre isso, a não ser o Et de Varginha, em Minas Gerais, talvez brincadeira do povo. Mas queria saber sobre a minha curiosidade. Engoli em seco e dei uma risada forçada, respondi que a região é tão grande e bonita, noites lindas, céu coberto de estrelas, faz pensar... Pena ter ficado doente, mas voltaria, brevemente. Pensei com meus botões: não saio mais de casa!"
_ Amigo, tem certeza que não sofreu nenhuma pancada? Nada diferente? Logo você, tão incrédulo? Exclamam os amigos, duvidosos.
Tonico, sente que acham que enlouqueceu, fica quieto, não responde. Acha melhor esquecer o assunto. Levanta-se e vai para casa, dormir junto à mulher, seu refúgio.
Os amigos se dispersam e comentam entre si: " Acreditaram? Será verdade?" " Talvez sim, talvez não, quem sabe..."